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domingo, 21 de março de 2010

Domingo.

Ao contrário do que eu pensava ser, muito ao contrário, pude ver a verdade.
A tarde foi de sol e poucas núvens, tempo abafado. O céu estava tão azul e claro que não parecia outono. As pessoas andavam, corriam, brincavam com seus cachorros. No meio de tanta informação procurei sem saber o motivo de eu estar ali, e eu não descobri. Me peguei pensando em tanta coisa ao mesmo tempo que não me passou pela cabeça o tempo real de vida do momento. Minha alma estava longe, ou próxima. Engoli uma saliva seca, olhando para o lado vi tantos amores sinceros e felizes. Eu estava sozinho. Desejei o máximo enxergar coisas alegres que me poderiam me trazer noticias boas, ou nem tanto, não encontrei nada de muito bom pra se fazer. Uma música ruim ao fundo e um pensamento triste ao longe, união errada de tudo.
Relaxei, tentei evitar piores sentimentos, meu corpo queria estar longe dali, meu pensamento ja estava. Esqueci por alguns instantes da vida de todos ao meu redor e pensei só em mim, me senti egoista e decidi mudar de ideia. Pelo menos até o final do dia.
Quando finalmente alguma coisa me deixou feliz e me fez acreditar que seria possivel, a imagem surgia em minha cabeça me encomodando muito, e eu nem sabia por que estava pensando naquilo. Decidi sonhar em certas músicas, acompanhando as letras, e decidi acordar dos sonhos em outras. Percebi que meus amigos estavam felizes e não tinham a noção do quanto eu estava precisando deles naquele momento. Olhei para cada um como se fosse a ultima vez, como todo mundo deveria fazer aliás a gente nunca sabe o final dos nossos dias, e eles me sorriam alegremente. Aquilo de certa forma me acalmava e tranquilizava na verdade me dava forças pra aguentar mais umas duas músicas que fosse. Eu ri, brinquei, pulei, dancei, mas não foi sincero. Decobri que faziam vinte e quatro graus, puxei as mangas pra baixo e me senti confortavel. Voltei a olhar para o centro de tudo. Converser comigo mesmo, pensei comigo mesmo, ri de mim mesmo, fui ingenuo a tarde toda e pensei que estava sendo correto. As imagens e sonhos continuavam a me perseguir nos refrões. Resolvi abrir meu coração e olhei pra trás pra tentar descbrir uma salvação pra tal dor, dois de meus amigos estavam felizes, outros três cantando, e eu sozinho de novo. Deisiti. Voltei a me virar e resolvi pensar de vez, pensei pensei pensei, e não cheguei a conclusão alguma pelo contrário me enrolei com tudo mais ainda. Parei. Queria ir embora, queris sumir. Pela primeira vez na minha vida desejei tanto um abraço, sincero. Existia ainda a ultima música pra ser tocada, respirei fundo. Com tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo, pelo menos dentro de mim, não podia questionar nada. Acabou, dei graças a Deus, era hora de ir embora.
Um sorriso falso me acompanhou até em casa, abraços e brincadeiras não poderiam me fazer mudar de ideia, não hoje.
Encontrei a pessoa que eu mais amo escondida em baixo dos lençois de minha cama, pulou e me deu um abraço, me pediu um abraço. Chorei por dentro. Um sorriso de verdade, um abraço sincero, e uma voz que conforta tanto que não me deixei abater por coisas tão menores.
Resolvi não conversar muito, até pra evitar desentendimentos.
Foi dormir, e dormiu.
Nada do que tem acontecido tem tornado as manhãs mais alegres e menos cinzentas.
Eu não consigo acreditar que deixei chegar as coisas a tal ponto que não consigo controlar nem o que eu quero pensar.
Me senti traido, e enganado.
Me senti um lixo. Deixei de ser quem eu era com muitas pessoas por muitos motivos, tentei mostrar a realidade e tentei ser mais do que eu poderia. Nada adiantou.
É horrivel querer falar tanta coisa e ter que esconder de si próprio isso.
É horrivel perceber as coisas e ter que ficar calado, ter sempre dúvidas e mais dúvidas. A quase uns quatro anos me sinto assim, e isso não muda.
Sinto vergonha por certos atos que cometi, e arrependimento também. O peito aperta e da vontade de chorar, mas por que?
Ninguém encontrou uma explicação exata pra tudo isso, uns me dizem uma coisa, outros mandam eu relaxar, outros riem de mim, e outros fingem não ver.
Não encontrei ainda a cura, nem quero. Estou feliz assim doente, eu acho. Acho também que me enganei não fui enganado. Acho que me preciptei. Acho tanta coisa, cade as malditas certezas?
Não te ver tem sido bom pra mim, tem me mostrado as coisas devagarinho, e devagarinho eu vou descobrindo cada vez mais o que és realmente. Optei por seguir só e assim será. Desisiti de tentar e tentar e tentar. Parei de me humilhar. Tuas amigas vão ver, meus amigos também, que foi melhor assim. Hoje quero estar ao lado de quem me faz bem e tem me feito bem. Quero estar ao lado de verdadeiros sentimentos que possam existir a meu favor, cansei de ser sempre o idiota da vez. Minhas ações tem sido tão bem calculadas que consegui errar de novo. Eu tenho que parar de tentar.
Ao mesmo tempo que pensa de uma forma, age de outra.
Não me falta nada e nunca me faltou, eu não precisaria me deixar convencer por alguém aparentemente ideal se não tivesse certeza do mesmo. Esqueci o quanto é bom pensar sem ressentimentos, esqueci de mim nos ultimos dias.
Deixei de viver amores e aventuras, e não me arrependo.
 Deixei de dormir tranquilo, de preservar meu sono, de viver meus sonhos. Me tornei tão sem graça assim nos ultimos dias?
Na verdade talvez eu não queria que fosse assim, eu to desistindo?
- Sim eu estou, cansei.
Desistindo do que?
- De mim.
Mas porque?
- Por que?
É?
- Por que fugir as vezes é melhor do que lutar e se quebrar.
Isso é medo?
- Talvez, mas não diria medo. Precaução.
De quem?
- De mim.
E os outros?
- Eles se importam?
E se se imprtassem com isso?
- Eles lutariam por mim ou ja desistiram?
Se eles estivessem lutando?
- Que continuem, vão precisar de basntante força.
E se não estivessem?
- Eu ja esperava.
E tudo que foi dito?
- Será que quem ouviu realmente se importou?
Será que se importou?
- Não, não se importou.
Tu tem certeza?
- Ninguém me fez mudar de ideia ainda.
Quem te faria mudar de ideia?
- Hoje, duas pessoas.
Aonde essas pessoas estão?
- Longe.
Como encontralas?
- Eu não quero econtralas.
Por que elas te fariam mudar de ideia então?
- Por que eu sei que não aconteceria isso.
Enfim, valeu a pena?
- A história ainda não terminou.

Afinal de contas quantas vezes mais vou continuar a pensar e pensar em nós?
Nem os gastos exagerados nas lojas e as compras desnecessarias me fazer mais feliz.
Sei que daqui alguns dias vou lembrar e sentir vergonha, mas vou rir. Em nenhum momento fui leviano, e isso não é motivo pra se ter vergonha de nada, e sim pra se sentir orgulhoso e rir ainda mais das pessoas que foram levianas comigo.
Me sinto enganado por mim mesmo, por não ter visto que tudo iria acontecer como antes.

Com certeza um dos piores dias de minha vida.

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