Então ela se descobriu só novamente. Distante de todos outros seres imaginaveis puros por onde passou, percebeu a bondade onde não havia esperança. Partiu corações antes de dormir mas deitou-se com a consciência tranquila. Não quis entender a razão dos erros apenas deixou os errantes navegarem no mar das eternas dúvidas. Desejou o próximo errado, fez as escolhas erradas, se arrependeu mas talvez o faria novamente pelo sentimento de drama que insiste em exorcisar dentro de sí mesma. Sonhou alto demais que quando acordou estava nas nuvéns e não quis deixar cair. Castelos, contos, fadas, principes e guerras Romanas, mitos Gregos e Deuses Indigenas, a fantasia em sua alma a levou tão longe que cegou tudo e todos a sua volta. Se trancou dentro de um quarto escuro e quando acenderam as luzes lá estava o quadro da dor de uma garota tão jovem.
Negou sua idade, escondeu as datas de aniversário e quis conhecer o maduro mais interessante do bairro, se deparou com o contrário, assumiu, talvez, a identidade que tem e não quis mais saber de contos de fadas ou sininhos que tocam e olhos brilhantes de meia noite.
A vida me deu uma oportunidade, e eu a perdi.
