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sábado, 19 de fevereiro de 2011

20\02\2011

Milhares de vezes foi assim.
Nada fora do normal ou muito desconhecido
Tudo aqui é coisa de um passado mal passado
Ou desejos de um futuro.

Nada por nada
Fogo por fogo
Erros e erros.

Três ou quatro noites quem sabe
Um ou dois meses
Dez anos que seja
O vazio tem fim?

Parte de uma ideia que, julgas ser boa
Soube desde sempre que não era a mesma coisa
Zombou do destino e riu do acaso
Se desespera ao perceber o quanto és tolo.

Sou uma caixinha de surpresas timida
Ou um baú sem graça no porão de casa
Posso ser o que de mais interessante existe
Ou o mais ultrapassado dos romances.

Não importa, nunca teve importância
Seremos sempre os mesmos
Enquanto a alma se prender no linear das retas
E as curvas não esconderem atalhos para que possamos adiar de nós mesmos o fim.

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